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Curso GRÁTIS: Como passar em Provas Exames e Concursos

concursos

Técnicas essenciais para passar em concursos públicos:

Um sonho de gerações

Todos os anos, centenas de concursos públicos são realizados no País. Várias instituições federais, municipais e estaduais abrem suas portas ao ingresso de novos servidores. E desde o momento em que jornais e emissoras de TV e rádio noticiam a abertura do concurso, acorrem aos locais de inscrição avalanches de candidatos, todos sequiosos da conquista de um lugar ao sol.

O emprego público é, sem dúvida, o sonho de muitos jovens e adultos, e por esse motivo os concursos públicos são os mais procurados e a concorrência tão grande.

O concurso público é institucional, por essa razão existe de acordo com a lei. O Estado deve facultar a todos os cidadãos a oportunidade de ingresso no serviço público, quer seja ele federal, estadual ou municipal. Se você realmente deseja ingressar num órgão público, só há um caminho: o concurso.

Todos têm chance

Não pense que em todo concurso em que se inscreverem milhares de candidatos suas chances de aprovação serão remotas. O sucesso dependerá unicamente de seus conhecimentos e do esforço que você fizer para estar à altura da competição. Saiba que todos possuem a mesma chance, mas poucos a aproveitarão satisfatoriamente.

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Conselhos importantes:

Ao se decidir a prestar um concurso público, tenha em conta as seguintes observações:

1. você precisa estar convicto de que gostará da função que irá desempenhar, caso aprovado;

2. depois de vencida a primeira etapa de classificação, você terá de se submeter a um exame de saúde. E deverá estar saudável; caso contrário, de nada valerá a aprovação nas provas de conhecimento;

3. a sua documentação terá de estar em dia logo após o resultado do concurso. Muitos órgãos fazem a chamada dos aprovados num tempo relativamente curto. Se faltar algum documento, você poderá perder a vaga;

4. empresas públicas costumam checar as informações que o candidato apresenta na ficha de inscrição. Cuidado para não fornecer dados falsos ou incompletos. Se depois de aprovado ficar constatado que houve má-fé no preenchimento das informações, o candidato poderá não ingressar no serviço público, pelo menos não naquela instituição;

5. você pode pensar que a sua vida particular não interessa ao governo, mas é bom saber que algumas empresas públicas não dão emprego a pessoas que já tiveram passagem pela polícia, foram processadas por cheques sem fundos, envolveram-se com contrabando, tóxico, roubos ou assassinatos. Títulos protestados, por exemplo, podem vetar o ingresso de muitos candidatos aprovados. Se sua ficha não está “limpa”, é bom providenciar limpeza rápida muito antes de se inscrever. A boa conduta, dizem os especialistas, é um aval para o candidato;

6. você deve estar atento para as aptidões exigidas para a segunda etapa de um concurso, tais como habilitação para operar determinados tipos de máquinas ou dirigir certos tipos de veículo, conhecimentos de digitação e outros relacionados com a atividade a ser desempenhada. Muitos candidatos são reprovados nessa fase por não atenderem às exigências de aptidão; 7. informe-se detalhadamente quanto aos locais onde você possivelmente prestará serviço. Muitos concursos deslocam servidores recém-admitidos para cidades distantes, no interior, ou até os transferem para outros Estados da Federação. Verifique se essas mudanças de residência não comprometerão a vida escolar de seus filhos ou seus projetos pessoais;

8. o salário do servidor público sofre descontos regulamentares diversos. Saiba que o valor líquido nunca é divulgado, mas você pode calcular em média 15% a 20% a menos do que está anunciado para obter o valor real. Leve em consideração também que, da data de divulgação do concurso até a efetiva contratação, o salário poderá sofrer correções.

9. Não crie expectativas de que logo após a inscrição será realizado o concurso. Às vezes as provas levam até um ano para ocorrer. Do mesmo modo, depois dos exames, há casos em que os resultados demoram meses para serem divulgados. Há ainda um tempo de espera para a convocação, que pode durar meses. 10. ao receber o seu cartão de inscrição, faça uma cópia autenticada e guarde o original em segurança. Caso venha a perder o original – e na impossibilidade de obter outro – talvez você consiga ingressar na sala de provas apresentando a cópia autenticada.

12. Não se deixe abater por informações que revelam a existência de milhares de candidatos. Pesquisas mostram que 20 a 30% dos inscritos não comparecem às provas ou chegam atrasados. Dentre os 70% a 80% restantes, pelo menos 60% não se preparam suficientemente. Isso aponta para cerca de 90% de candidatos “fora de combate”. Apenas 10% do total é que levarão as provas a sério. Esteja entre eles. Essa é uma forte razão para você se animar a estudar com afinco.

A superaprendizagem pela sugestão mental

Atualmente não existe uma única pessoa esclarecida que duvide da existência de faculdades adormecidas em nossa mente. Pesquisas científicas têm levado a sério a ioga e a hipnose, e a parapsicologia tem desvendado alguns antigos mistérios.

Mas em que esses estudos científicos podem ajudar a aprender com pouco esforço? Será que existem técnicas eficientes que façam a “supermemória” aflorar?

Para algumas pessoas, não é mais novidade que praticamente todos nós podemos, sob o efeito da hipnose, recordar fatos do passado com clareza espantosa. Sabe-se de pessoas que, sob hipnose, foram capazes de recordar fatos da infância e da adolescência como se tivessem acontecido ontem. Todavia, essas mesmas pessoas, sem o efeito da hipnose, eram incapazes de recordar a refeição que fizeram no dia anterior. Ora, isto confirma que a hipnose realmente funciona! E como fazê-la funcionar para que recordemos assuntos que estão sendo questionados numa prova? Será que isso de fato é possível?

Tendo conhecido a hipnose no meu curso de psicologia, constatei ser possível a um estudante sob hipnose recordar toda a matéria estudada, respondendo com absoluta precisão às perguntas que lhe são feitas. Realizei experiências com amigos e pacientes que ficaram surpresos com os resultados. Entretanto, não é possível a um candidato fazer provas sob hipnose. Isso é impraticável! Isto porque é necessária a presença do terapeuta para conduzir a pessoa hipnotizada. De acordo com o regulamento dos concursos, apenas o candidato inscrito é que pode realizar a prova. É proibida a participação de outras pessoas.

A Superlembrança

A hipnose é apenas uma das formas práticas de obter uma “superlembrança”. Só pode ser empregada por um terapeuta treinado (psicólogo, psiquiatra) e, em termos de aprendizagem, pode ajudar apenas no sentido de reforçar a autoconfiança do estudante.

A autoconfiança é, na verdade, uma poderosa mola propulsora para melhorar a aprendizagem. Todos sabem que os atletas de um time de futebol, quando recebem incentivos e sugestões de seu treinador (Vamos vencer, somos os melhores, vamos vencer!), parecem mais dispostos e apresentam melhores resultados.

Nas diversas modalidades de competição, os atletas sabem que a autoconfiança é fator de sucesso. Quanto mais ouvirem palavras como Você vai vencer!, mais ânimo e garra demonstrarão. Obviamente não se trata apenas de sugestão, mas sim de reforço psicológico ao esforço físico dispensado nos treinos.

De nada vale a um atleta ficar repetindo para si mesmo Vou vencer, vou vencer! se, paralelamente a essa sugestão, não treinar com dedicação e entusiasmo.

Voltando à questão da hipnose

De que modo podemos ativar a nossa “supermemória” a ponto de lembrar tudo quanto gostaríamos, principalmente na hora de um concurso? A resposta é: aprenda a sugestionar-se.

Nem todos podem pagar um psicólogo para levá-los à hipnose e, após algumas sessões de terapia, conseguir autoconfiança e entusiasmo para estudar. Mas todos podem usar os exercícios que testei em dezenas de pessoas com absoluto sucesso.

Os exercícios visam apenas a fazer você relaxar ao máximo para que, durante esse estágio, seu inconsciente receba sugestões positivas. É o estado alfa. Deixarei de lado as razões pelas quais esse processo funciona. Esse tema é complexo e tomaria certamente todo o livro. Minha finalidade é colocar em suas mãos um método extremamente simples e prático, a ser usado no mínimo cinco vezes por semana, com o propósito de melhorar a sua memória e despertar em você a “supermemória” na ocasião em que estiver fazendo uma prova. A primeira etapa dos exercícios está relacionada ao momento em que você vai aprender. A memória funciona como uma gaveta imensa, na qual você joga milhares de coisas por dia, a cada mês e durante anos. Nessa gaveta, tudo fica desarrumado e em tamanha desordem que, no instante em que você deseja achar alguma coisa, leva um tempo enorme para encontrar, e às vezes até desiste de procurar.

A nossa memória é muito perecida com isso. Os assuntos mais recentes ficam na “superfície”, assim como os últimos objetos jogados na gaveta. Assim, recordar um fato recente se torna mais fácil do que lembrar de fatos do passado longínquo.

Você pode estar dizendo agora: “Eu me recordo com mais facilidade de fatos passados do que de fatos recentes”. Isso pode acontecer, mas só em situações especiais ou, melhor dizendo, marcantes. É o mesmo que você jogar em sua gaveta um objeto brilhante e atraente. Mesmo ficando lá no fundo, coberto por outros objetos de menor importância, você poderá achá-lo quando desejar.

A lembrança de fatos do passado longínquo só nos ocorre quando eles nos marcaram de alguma forma. Por essa razão, algumas pessoas conseguem se recordar de fatos da infância remota.

Comentarei em um outro capítulo que o interesse é um ativador do poder de retenção da memória. Desse modo, no momento em que você decidir estudar, deve estar extremamente motivado; caso contrário, o assunto ficará misturado na sua “gaveta mental” como algo sem valor e, no instante em que você quiser recuperálo, será difícil encontrar.

Exercícios para ativar a supermemória

EXERCÍCIO 1 – Para ativar a supermemória

Relaxar a mente antes de estudar

É como se você fosse buscar um espaço reservado na “gaveta” para guardar os assuntos que irá estudar. É necessário acalmar a mente, repousar o espírito das agitações, ansiedades, preocupações e tudo mais que possa intervir na sua capacidade retentiva.

1. Isole-se em um lugar sem ruídos, onde não possa ser interrompido.

2. Deite-se ou sente-se o mais relaxadamente possível. Se preferir deitar, que seja de costas voltadas para o apoio, com os braços ao lado do corpo.

3. Feche os olhos para ajudar na concentração. Imagine que está olhando para o alto de sua cabeça.

4. Observe a sua respiração. Concentre-se no ar frio que entra em seus pulmões e perceba como esse mesmo ar sai quente. Perceba como seu estômago infla juntamente com os seus pulmões. Fique atento ao som de sua respiração.

Respire o mais profundamente que puder

5. Após alguns minutos de inteiro abandono e de ficar apenas observando a sua respiração, diga em voz baixa: relaxe, relaxe, relaxe. Ao dizer isso, sinta seu corpo inteiro relaxando por completo. Bastará você repetir essas palavras para seu corpo obedecer. Nas primeiras tentativas, pode ser que não ocorra relaxamento total; porém, com o passar dos dias, seu corpo obedecerá prontamente a estas sugestões.

6. Quando sentir que corpo e mente estão tranqüilos, calmos e relaxados, diga as seguintes frases, procurando sentir a emoção do que elas representam na sua vida:

Eu adoro aprender, minha mente aprende com eficiência e facilidade. Atingirei todos os meus objetivos. Tudo o quanto irei estudar agora ficará gravado em minha memória e poderei lembrar do que estudei quando desejar. Tenho boa memória, aprendo com facilidade.

Algumas pessoas perguntam quanto tempo se deve ficar observando a respiração, repetindo relaxe, relaxe, relaxe, ou reiterando as sugestões. Digo-lhes que no máximo 20 minutos devem ser gastos em todo o exercício. Saiba aproveitar o seu tempo. As sugestões são importantes, mas não terão validade alguma se você não souber transformá-las em realidade, dedicando-se aos estudos.

Após se sentir confiante, logo que acabar o exercício, entregue-se à leitura dos assuntos do programa estabelecido para o concurso e faça valer a sugestão que deu a si mesmo! Pense sempre nos benefícios que terá se for aprovado.

Veja-se sempre como um vencedor. Mantenha a imagem de si mesmo como a de alguém que já foi aprovado, mas, enquanto o dia do concurso não chega, você deve estudar o máximo que puder. Faça disso uma verdadeira guerra de vida ou morte. Entregue-se ao prazer de estudar, sinta vontade de saber mais. É gostoso quando se abre um livro e se sabe tudo o que nele está escrito. É sensacional responder corretamente a qualquer pergunta que nos façam acerca de determinados assuntos. Ficamos com uma sensação de importância e superioridade gratificantes.

EXERCÍCIO 2  – Para ativar a supermemória

Relaxar a mente antes da prova

Se você já participou de algum concurso, sabe como se sentiu antes de receber as provas, durante o recebimento e depois que começou a responder as questões. O nervosismo é evidente e a ansiedade, imensa. As mãos começam a transpirar. Alguns sentem distúrbios intestinais, outros têm acessos de tosse ou espirram terrivelmente. Alguns pigarreiam sem parar. Há aqueles que fumam como loucos. Poucos são os que se conservam calmos, tranqüilos e sorridentes de verdade (muitos sorriem de nervosismo).

O momento da prova é um momento sublime. É o instante em que você deve estar o mais tranqüilo possível, sem ansiedade, nervosismo ou afobação. É um momento tão importante que mereceu considerações especiais em um capítulo deste livro: O que você deve fazer antes, durante e depois das provas.Este exercício vai fazê-lo relaxar a tal ponto que será como se você estivesse realizando uma auto-hipnose. Sua mente trará à tona todas as respostas que você necessita. Vamos a ele.

1. Sente-se na posição correta de quem vai escrever ou assistir a uma aula. Feche os olhos (não se importe com as outras pessoas, elas pensarão que você está adormecendo).

2. Respire o mais profundamente que puder, iniciando por observar sua respiração. Faça isso sem pressa.

3. Repita mentalmente para si mesmo: relaxe, relaxe, relaxe. Sinta seu corpo tranqüilo e rapidamente você estará em estado alfa.

4. Repita para si mesmo, mentalmente:

Terei as respostas certas para todas as perguntas. Lembrarei de tudo que preciso saber. Minha memória está alerta; minha mente, lúcida e tranquila.

É bom que você tenha praticado inúmeras vezes o Exercício 1, pois assim terá condicionado sua mente a tal ponto que, no momento em que começar a dar as respostas, ficará surpreso de como se lembrará com facilidade do que estudou.

É importante lembrar que a memória (a sua, por exemplo) jamais poderá recuperar informações que não foram colocadas lá. É como ocorre com a gaveta: se você não guardou dentro dela um barbante azul, não adiantará vasculhá-la, pois lá não o encontrará.

É fundamental que você leia todos os assuntos mencionados no programa. Alimente a sua memória com todas as coisas que você presume serão importantes para a prova. Releia dezenas de vezes os textos de difícil compreensão. Só assim os registrará em sua memória, e as chances de lembrar dos assuntos estudados será grande.

De nada valerão os exercícios se não houver dedicação, de sua parte, para estudar os assuntos do programa. De um modo geral, os exercícios visam a livrá-lo da ansiedade, do nervosismo, ou seja, dos bloqueios que impedem a aprendizagem.

Sempre que você for realizar uma tarefa que exija grande esforço de sua mente, faça alguns minutos de concentração.

Recorde-se dos exercícios e repita as frases afirmativas. Não é necessário repetir aquelas que sugeri. Crie você mesmo novas frases que gerem em sua mente autoconfiança e entusiasmo. Essa é a maneira mais segura de aprender tudo o que você deseja.

Como escolher o material de estudo

A seleção do material didático

Se você já fez a sua inscrição para um determinado concurso ou já foi informado sobre a data da prova, eis o momento de escolher o material que vai utilizar para estudar.

Um construtor, após elaborar o projeto de uma casa e delimitar na planta o tamanho e localização dos cômodos, só poderá iniciar seu trabalho quando tiver o material, ou pelo menos parte dele, a seu dispor; do contrário, a casa não sairá do projeto.

Assim como o construtor usará pedras, areia, cimento e tijolos para edificar a casa, você precisará ter à mão livros, apostila e informações variadas sobre os temas que deverá aprender. Isto pode parecer uma tarefa simples. Saiba, porém, que a qualidade do material que escolher será determinante para que você alcance um bom resultado. Um construtor que use material de terceira categoria construirá uma casa de péssima qualidade, incapaz de suportar as intempéries.

O programa do concurso será, a partir de agora, a sua “planta baixa” e você deverá tê-lo sempre à mão enquanto estuda; caso contrário, poderá esquecer-se de algum assunto importante. Imagine o que aconteceria se, no dia de inaugurar a casa, com todos os convidados reunidos para comemorar e brindar, por um descuido do construtor, ela não tivesse portas, e viesse uma ventania…

Às vezes isso ocorre com candidatos a concursos. Estudam muitos assuntos e se esquecem de alguns que são indispensáveis. A falha reside em não usar o programa como roteiro de estudo.

Todos os concursos oferecem aos candidatos, no momento da inscrição, um programa detalhado, especificando todos os assuntos importantes a serem estudados. Guarde-o consigo e, caso o perca, procure a entidade responsável pela inscrição para conseguir outro programa, ou peça-o emprestado a uma pessoa amiga que também tenha feito a inscrição. Alguns jornais especializados costumam publicar o edital do concurso na íntegra. Verifique na redação desses jornais quais as edições em que foram publicados o edital e o programa do concurso. Essa é uma maneira prática de recuperar o que foi perdido. Todavia, o melhor a fazer é tirar algumas cópias do programa assim que o tiver em mãos. Prevenindo-se contra o extravio, você terá assegurado o primeiro grande passo para o sucesso.

As Apostilas

Antes mesmo de o programa de um concurso ser divulgado, você encontrará, espalhadas por bancas de revistas, livrarias e pontos de camelôs, apostilas que supostamente contêm “todo o programa oficial”.

Você deve adquirir essas apostilas antes de ter em mãos o programa entregue diretamente pelo órgão responsável pelo concurso.

É preciso que você saiba que 70% das apostilas lançadas no mercado são mal elaboradas, cheias de erros e inadequadas ao estudo. Muitas (as melhores) não passam de cópias malfeitas de textos de livros e de apostilas antigas, coisa que qualquer um pode fazer. Tenha muita cautela ao pagar preços exorbitantes por apostilas. Elas nem sempre valem o preço do papel. Não existe fiscalização de órgãos públicos no sentido de coibir abusos ou assegurar qualidade mínima ao material comercializado por pretensos professores e elaboradores de apostilas.

A maior parte das apostilas à venda são confeccionadas às pressas. E tudo indica que seus elaboradores têm o propósito de resumir assuntos que deveriam ser estudados em profundidade. Assim é que aconselho a máxima atenção na escolha de uma apostila. Siga as recomendações apresentadas a seguir e terá êxito:

∎ compare os assuntos do programa oficial com as matérias e assuntos constantes da apostila. Algumas não são completas; outras possuem sumários falsos que dão ao leitor precipitado a impressão de que a apostila contém todo o conteúdo do programa;

∎ verifique totalmente a apostila e, se possível, procure identificar a quantidade de matéria existente para cada assunto. Se perceber que não fizeram uma exposição detalhada de cada item do programa oficial, não adquira a apostila, pois de qualquer modo teria de pesquisar em outros livros para complementar seus conhecimentos;

∎ em praticamente todas as cidades existem empresas, cursinhos e professores tradicionalmente conhecidos por elaborarem boas apostilas. Caso não existam cursinhos tradicionais que dêem prévia segurança quanto ao material a adquirir, esteja atento para os conselhos aqui expostos;

∎ cuidado com preços exorbitantes. Nem sempre o mais caro é o melhor. Compare os preços das diversas apostilas que encontrar disponíveis. Opte sempre pela mais completa;

∎ esteja atento à encadernação da apostila. Algumas são tão mal encadernadas que soltam as folhas após a primeira leitura. A não ser que você possa reencadernar o material adquirido, evite o descontentamento de perder páginas importantes;

∎ antes de comprar uma apostila, certifique-se de que todas as páginas estão perfeitas, pois não é raro ocorrerem defeitos de impressão.

Os Livros

Se você quer realmente ser aprovado em concurso, saiba que os livros serão as mais importantes ferramentas de trabalho que lhe conduzirão ao êxito. Quais os livros que você deve selecionar para o seu estudo? Onde encontrá-los?

As respostas estão nas orientações a seguir:

1. cuidado com livros antigos e desatualizados. Muitos estudam nesses livros e acabam obtendo informações ultrapassadas. A não ser que você não encontre edições novas contendo os assuntos que deseja, jamais estude em livros com mais de cinco anos de publicação. É obrigatório, em todos os livros didáticos, constar a data de publicação. Procure-a na ficha catalográfica ou em algum ponto das primeiras páginas da obra, antes do sumário.

Freqüente bibliotecas públicas ou aquelas das entidades que estão promovendo o concurso e faça um levantamento dos livros que lhe interessam. Se puder tomá-los emprestado, não hesite. Pesquise e faça anotações a partir desses livros, e compre um exemplar daqueles que julgar mais importantes.

É sempre bom ter diversos livros que tratem dos mesmos assuntos. A linguagem de certos autores é por demais técnica e pode dificultar a compreensão. Tendo em mãos vários textos, você terá a facilidade de fazer comparações e adotar o que for mais claro e objetivo.

Provas anteriores

É certo que a maioria dos concursos públicos não divulga a posteriori o resultado das provas ou faz comentários sobre elas. Julgo essa atitude um desrespeito para com os candidatos, que deveriam ao menos saber que nota ou classificação obtiveram.

A maioria dos concursos apenas divulga a famosa “lista dos aprovados”. Seria bom se também exibissem as provas com seus respectivos gabaritos. Isso auxiliaria outros candidatos a terem idéia do tipo de prova e do enfoque dado aos assuntos mais importantes.

Se você vai prestar exame vestibular, é sempre bom pegar provas de dois ou três concursos anteriores e identificar os assuntos mais solicitados. As questões mais difíceis devem ser objeto de maior atenção. Destaque nos seus livros e apontamentos os principais assuntos de provas anteriores para poder nortear seus estudos.

Quando se tratar de exames escolares ou acadêmicos, você também pode pesquisar sobre os assuntos com colegas de outras turmas que se submeteram a testes semelhantes e, a partir daí, saber dos assuntos mais solicitados pelo professor da disciplina. Você também pode estudar a partir de testes ou provas realizados em outras turmas do mesmo curso.

Mesmo que você não possa dispor de provas de concursos passados, converse com pessoas que já se submeteram aos testes.

Suponhamos que você vai fazer um concurso para fiscal do ICMS. Será bom descobrir a data em que o órgão realizou seu último concurso e contactar com os fiscais do ICMS nele aprovados. É quase certo que eles lhe darão ótimas informações sobre os assuntos mais solicitados na prova, a não ser que o concurso tenha-se realizado há muitos anos.

Pessoas aprovadas e já empregadas sentem orgulho em ajudar os aspirantes. Se você disser que precisa desesperadamente de orientação, seus futuros colegas não lhe negarão ajuda.

Cadernos, lápis, etc.

Selecionar o material de estudo é uma tarefa muito importante quando você quer, de fato, se preparar para ter sucesso. Alguns cadernos não são práticos nem funcionais. Você deve adquirir cadernos de tamanho médio (grandes jamais) com acabamento em espiral. Além de poder abri-los à vontade, terá a possibilidade de retirar folhas sem danificá-los.

Escolha cadernos com no máximo 200 folhas. Ficará mais fácil transportá-los numa bolsa.

Lápis, borracha, canetas e pincéis também devem fazer parte do material selecionado para seu estudo. Não se esqueça de colocar tudo em um estojo, que pode ser até mesmo uma pequena sacola de pano que você mesmo confeccione. Cuide para que na boca do saquinho haja um barbante para amarrá-lo. Assim seus lápis e canetas estarão bem guardados e disponíveis a qualquer hora. Algumas pessoas gastam 20% do tempo que deveriam usar para estudar à procura desses materiais, que parecem sumir exatamente no momento em que se precisa deles.

Borracha, apontador, régua, compasso e outros instrumentos de estudo devem estar sempre à mão quando as matérias a serem estudadas requererem o uso deles. Não se pode conceber que um candidato à prova de geometria não estude munido de réguas, compasso, transferidor, lápis e borracha. Infelizmente algumas pessoas o fazem e, lamentavelmente, nunca são aprovadas.

Uma boa calculadora pode ajudar muito durante os seus estudos. A única observação a fazer é que, se ela não puder ser usada durante a prova, então será melhor abandoná-la desde já, pois o candidato precisará de muita prática nas operações simples de somar, multiplicar, subtrair e dividir. Não se deixe viciar no uso da calculadora. Há pessoas que, devido a isso, têm de tal forma o raciocínio embotado que são incapazes de fazer uma simples operação aritmética.

Quando você tiver certeza de que permitirão o uso de calculadoras de bolso durante a realização de uma prova, então comece a usá-las desde a fase preparatória. Canetas finas de várias cores, do tipo hidrocor, devem fazer parte de seu material de estudo, pois sempre poderão ser usadas para sublinhar e destacar informações importantes. Dê preferência às cores vivas, como vermelho, verde e azul.

Todo material de estudo deve ser acondicionado numa pasta ou caixa que seja de uso exclusivo. Não misture os livros selecionados para o seu programa de estudo com romances ou outro tipo de literatura (a menos que os romances façam parte do material). É importante você ter tudo reservado e selecionado. Estudar parece ser algo divertido, e realmente é, mas somente se você levar a sério. É o mesmo que você desejar jogar uma partida de xadrez e ter à mão o tabuleiro e todas as peças, sem faltar uma.

Fatores que limitam ou impedem a aprendizagem

Por que algumas pessoas sentem dificuldades em aprender? Por que outras conseguem bons resultados em provas e testes, tendo às vezes estudado por pouco tempo. Porque muitas, mesmo tendo se dedicado a horas de estudo, jamais conseguem resultados positivos? O fator inteligência influi na aprendizagem ou é de pouca relevância? Esses pontos serão esclarecidos ao longo deste capítulo, à medida que você tomar conhecimento dos principais fatores que interferem negativamente no processo de aprendizagem. São eles:

Fatores ambientais

Temperatura excessivamente baixa ou alta, no ambiente de estudo, provoca desconforto físico e, conseqüentemente, psicológico, interferindo na concentração. Ao isolar-se para estudar, cuide para que a temperatura ambiente esteja agradável e suas roupas, adequadas e confortáveis.

Correntes de ar ou abafamento provocam alterações fisiológicas no corpo humano e interferem no sistema nervoso, levando quase sempre ao nervosismo, que gera bloqueios da memória. Quer esteja em casa ou numa sala de aula, evite sentar-se próximo a janelas onde o sol ou o vento frio possam incomodá-lo. Não tenha constrangimento de pedir para que desliguem o ar-condicionado, o ventilador ou fechem as janelas, se você sentir frio.

Caso sinta calor excessivo, ligue o ventilador ou o ar-condicionado, ou procure um lugar mais fresco onde se sinta melhor. Todos nós temos ótima temperatura média. Alguns preferem temperatura mais quente; outros, mais fria. Ao estudar, providencie para que o ambiente esteja em temperatura agradável. As roupas também ajudam a controlar a temperatura corporal. Para não parecer egoísta e privilegiado em detrimento da vontade da maioria, use sempre casacos em ambientes com ar-refrigerado. Você se sentirá confortável e, ao mesmo tempo, terá respeitado o desejo das demais pessoas que se encontram no mesmo recinto.

Ventos fortes também atrapalham qualquer leitor interessado. Evite estudar ao ar livre, sobretudo em lugares propensos a ventania. As páginas dos livros e cadernos não obedecerão a sua vontade, e sim à do vento, que travará verdadeira luta com você. Evite esse tipo de batalha.

Deixe o vento ficar onde quiser, menos no seu ambiente de estudo. Embora seja agradável estudar ao ar livre, temos de evitar todos os fatores de interferência que o meio pode causar.

Luminosidade

A luminosidade é também fator importante para a aprendizagem. Salas mal iluminadas ou com brilho excessivo não apenas interferem no sistema nervoso (irritando-o), como também diminuem o interesse do aluno. A luz forte lhe cansará os olhos rapidamente, ao contrário do que aconteceria se utilizasse a luminosidade adequada.

Evite lâmpadas amarelas ou a vapor de mercúrio (elas são mais fortes). Dê preferência a lâmpadas fluorescentes (tubulares). Descobriu-se em pesquisas recentes que o brilho dessas lâmpadas não interfere na leitura.

Faça um teste consigo mesmo e descubra que tipo de luz artificial melhor se adapta ao seu caso. Pesquisa que eu mesmo realizei em uma turma de 120 alunos de segundo grau comprovou que 80% deles preferiam as lâmpadas fluorescentes às demais. Para que você consiga ler durante longo período de tempo faz-se necessária a luminosidade ideal, nem muito intensa, nem muito fraca.

Postura do corpo

A postura corporal é outro fator que interfere na aprendizagem. Ao sentar-se numa cadeira muito dura, você mudará instintivamente de posição, à procura de conforto. Enquanto seu corpo sofre com o desconforto, sua mente sai de sintonia, ou seu sistema nervoso entra em estresse. Procure sentar-se corretamente ao posicionar-se para estudar, quer numa sala de aula, quer em casa.

A postura ideal é aquela em que você se senta ereto, com as costas no espaldar da cadeira, mantendo os ombros nivelados e o pescoço firme.

Ao escrever ou tomar notas de uma aula, providencie para que o papel esteja bem posicionado, do lado em que você escreve, sempre mantendo-o um pouco inclinado (oblíquo) em relação ao seu braço. Não se debruce sobre o papel.

Evite também assentos muito confortáveis, como poltronas, que acabarão por relaxá-lo excessivamente, fazendo com que você adormeça após algum tempo. O mesmo pode ocorrer quando se estuda deitado. A posição cômoda de uma cama fará o seu inconsciente, condicionado a dormir naquela posição, se sentir sonolento.

Ruídos estridentes, compassados ou não, são extremamente estressantes para qualquer um. O nosso sistema auditivo precisa estar livre de excitações de qualquer espécie para que a mente trabalhe com eficiência. Você pode fazer um teste e estudar primeiramente num ambiente barulhento e depois em outro tranqüilo, para então avaliar os resultados de sua aprendizagem.

O ruído da TV, do rádio ou de outros aparelhos interfere negativamente na concentração. Estudiosos afirmam que a mente consciente só consegue fixar as informações quando a concentração é total. Isso quer dizer que se introduzirmos sinais sonoros e visuais, simultaneamente, em nossa memória, ela terá dificuldade em fixar todas as impressões recebidas. Ora poderá fixar impressões sonoras, ora impressões visuais. Isso equivale a dizer que enquanto você estiver lendo um livro num ambiente cheio de ruídos, sua mente oscilará quanto à fixação das impressões que chegam até ela. Por alguns segundos, você “se esquecerᔠdaquilo que lê para dar atenção àquilo que ouve. Isso ocorrerá durante todo o tempo em que durarem os ruídos. Estes poderão às vezes até eliminar completamente o seu interesse por aquilo que você está lendo.

Esse fato ocorre com freqüência quando se estuda com aparelho sonoro tocando música. Certas canções nos arrebatam o espírito a ponto de esquecermos por completo daquilo que estamos estudando, e, quando nos damos conta, já se passaram muitos minutos ou até horas.

Se você quiser obter o máximo de rendimento nos seus momentos de estudo, desligue todos os aparelhos de som e elimine ao máximo os ruídos.

Existem outras interferências visuais ou táteis que prejudicam a aprendizagem. Poderíamos citar, por exemplo, o fato de a todo instante você ter de atender ao telefone que toca, ou à campainha, deixando a leitura de lado.

Nesses intervalos, sua mente perderá o “fio da meada”; sua concentração ficará prejudicada e, conseqüentemente, você não aprenderá tanto quanto deseja.

Quando no ambiente em que você estuda existem pessoas que ficam andando de um lado para outro, entrando ou saindo da sala, essa movimentação distrai a mente e você perde a concentração.

Procure a melhor condição de estudo

Evite perturbações durante o período de estudo. Numa sala de aula (caso você freqüente algum cursinho preparatório), não se sente no fundo, ou próximo a colegas que gostem de conversar.

Os piores lugares para se assistir às aulas são:

∎ no fundo da sala (má audição e má visibilidade do quadro-negro);

∎ próximo a colegas tagarelas;

∎ em frente a janelas (distraem a mente e os olhos);

∎ em frente a portas (distrações e correntes de ar);

∎ nas laterais (que podem dificultar a visão do quadro);

∎ muito próximo ao quadro (o corpo pode ficar em posição incômoda).

Outros fatores que dificultam a aprendizagem

Vejamos agora outros fatores que dificultam a aprendizagem.

Fatores psicofisiológicos

Certos fatores ambientais estão entrelaçados com fatores psicofisiológicos, tais como ruídos, postura corporal, etc. Isto porque o ambiente provoca modificações fisiológicas e psicológicas nos indivíduos. Entretanto, independentemente do local, outras causas interferem negativamente no processo de aprendizagem, sendo possível também eliminá-las ou tratá-las para que se consiga melhor aproveitamento dos períodos de estudo.

O sono, quando ocorre nos momentos adequados, ou seja, no instante em que o corpo precisa recarregar as células nervosas com energia, por um período que varia entre seis e nove horas diárias, é tido como saudável e natural. Todavia, quando ocorre exatamente nos momentos de estudo, então algo de errado está acontecendo.

Do mesmo modo que você não deve estudar quando estiver sonolento, pare as atividades intelectuais se sentir sono. As duas coisas não podem ser conciliadas. Alunos que dormem poucas horas por dia dificilmente conseguem bons resultados nos exames, constatou recentemente pesquisa realizada nos Estados Unidos.

O melhor é descobrir o período ideal de sono que se deve dar ao corpo, e preenchê-lo totalmente. Durma o suficiente para quando for estudar não sentir sono. Se isso acontecer, desperte de qualquer maneira. Existem algumas formas de fazer isso, uma delas é tomar um rápido banho frio, ou um café quente. A cafeína age como estimulante do sistema nervoso, bastando uma xícara grande para despertá-lo do sono iminente.

Evite misturar café com bebidas alcoólicas ou Coca-Cola, como fazem alguns. Não é raro os hospitais receberem pessoas drogadas com essas misturas. O café puro é uma recomendação antiga e tem efeito psicológico nos estudantes. O simples fato de acreditar que vão ficar despertos após ingerir uma xícara de café acaba sugestionando-os. Eles ficam realmente despertos… antes mesmo de a cafeína atingir o sistema nervoso.

O cansaço físico e mental é algo comum nos dias de hoje. Todos vivem cansados do corre-corre diário e dificilmente conseguem recompor as energias antes de iniciar um período de estudo.

O rendimento escolar de alunos que freqüentam cursos noturnos é 30% mais baixo do que o rendimento dos que estudam pela manhã e 20% menor do que o daqueles que estudam no turno vespertino.

Isso deve estar relacionado ao desgaste físico e emocional que alguns alunos sentem ao longo de um dia ou um turno de trabalho. É óbvio que pela manhã as energias estão intactas, sendo consumidas gradativamente nas atividades do dia-a-dia. É de se esperar que uma pessoa cansada tenha a sua capacidade de aprender reduzida. Minha recomendação é que você procure descansar, repousar pelo menos alguns minutos antes de iniciar o período de estudo.

Relaxar a mente e o corpo é fácil. E só requer treino. Com o passar do tempo, isto será automático, bastando você deitar e fechar os olhos. Descanse o tempo necessário; caso contrário, de nada adiantará empregar o seu tempo para estudar. O seu rendimento é o que importa. Melhor é estudar 30 minutos diários e aprender tudo do que fazê-lo por duas horas e não aprender nada.

Doenças

As doenças são outro fator bloqueador da aprendizagem, do mesmo modo como o cansaço debilita o organismo, deixando-o sem disposição e apático. Se quer estudar para aprender, cure as dores de cabeça e o mal-estar antes de sentar-se para ler. Dificilmente uma pessoa sentindo dores (de estômago, cabeça, dentes, ouvidos…) ou qualquer outro tipo de mal-estar terá rendimento satisfatório nos estudos.

Faça exames médicos para eliminar males crônicos. Muitas pessoas sentem dor de cabeça ao iniciar leituras ou, decorridos alguns minutos, sentem imenso cansaço mental. Um bom oftalmologista indicará lentes adequadas para uma leitura agradável.

A ansiedade é outro terrível fator de bloqueio da aprendizagem. Existem muitas causas para a ansiedade:

Você sabe o quanto isso é verdadeiro, pois, quando estamos com algum tipo de problema, dificilmente conseguimos nos concentrar numa exposição em sala de aula, a menos que o assunto nos seja do mais alto interesse.

Nossas preocupações “enchem-nos” a mente, impedindo-a de absorver novas informações ou aprender com precisão. O melhor a fazer é tomar consciência da importância do período de estudo. Nada, coisa alguma deve se misturar a esse momento.

Decida que não dará importância aos seus problemas e ansiedades por 30 minutos, só depois volte a ocupar-se com eles. Recuse-se a se deixar levar pelo devaneio enquanto estuda. Obrigue-se a voltar ao início das atividades todas as vezes que se der conta de que não estava totalmente concentrado.

O desinteresse está entre os fatores que limitam e bloqueiam a aprendizagem. Se não houver de sua parte interesse em aprender, de pouco valerão as técnicas empregadas, a eloqüência do professor ou a riqueza do material didático. Só aprendemos aquilo que nos interessa. Não há meio termo.

Este material só está sendo lido por você porque apresenta algo que lhe interessa; caso contrário, passaria despercebido aos seus olhos.

Se você estiver, mesmo que momentaneamente, desinteressado das técnicas de como aprender a estudar, você o lerá sem fixar-lhe o conteúdo. Você teria olhado as páginas, as letras e as palavras, mas as idéias não teriam sido absorvidas por sua memória, por sua mente consciente. Seu precioso tempo teria sido desperdiçado. Para superar esse bloqueio, só há uma coisa a fazer: acenda a chama do interesse por tudo o que você precisa aprender. Assim aprenderá facilmente.

Quociente de Inteligência (QI)

O Quociente de Inteligência é também um fator limitador de algumas aprendizagens.

Certa corrente de psicólogos não aceita o fato de que a memória de um indivíduo determina o seu Quociente de Inteligência. Dizem os partidários dessa teoria que a memória e a inteligência são distintas e independentes. Isto pressupõe que um indivíduo possa ter notável habilidade para encontrar soluções a problemas, mas possua péssima memória.

Outra corrente de psicólogos, porém (e incluo-me nela), admite que a memória e a inteligência estão interligadas e que a aprendizagem só ocorre quando ambas estão em um nível considerado normal dentro da média internacional.

Creio que você, possuindo boa memória e inteligência dentro da média (QI = 110), terá mais facilidade em aprender do que outros que estejam abaixo da média. E a facilidade tenderá a aumentar quanto maiores forem o QI e a capacidade retentiva da memória de um indivíduo.

Fica então estabelecida a polêmica, uma vez que tanto a memória quanto a inteligência são mensuradas por padrões globais.

O que interessa, todavia, é saber que uma pessoa com QI baixo terá dificuldade de aprender. Resta saber se é possível aperfeiçoar a inteligência e, assim, conseguir melhor rendimento nos estudos. Sou partidário de que qualquer indivíduo pode melhorar a sua inteligência se exercitar constantemente o raciocínio.

Quanto mais estiver envolvido em encontrar soluções e respostas, mais e mais se ampliará sua capacidade intelectiva e de compreensão.

O hábito da leitura e da exposição de idéias através da escrita ajudam a desenvolver o raciocínio e, conseqüentemente, melhoram o poder de aprendizagem.

Como dominar assuntos difíceis

Textos “espinhosos”

Não há um único estudante que jamais tenha encontrado um assunto difícil, que nunca tenha lido e relido um texto inúmeras vezes e até desistido de entendê-lo. Este poderia ser chamado de “um assunto difícil”. Como estudar matérias e temas tão complicados? Existe um modo de torná-los mais fáceis?

RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES

∎ Sempre que possível, peça a um amigo para esclarecer dúvidas acerca de assuntos difíceis. Talvez um professor possa, em poucos minutos, explicar com clareza algo que você levaria semanas para entender.

∎ Quando o assunto for difícil, leia vários autores que falem sobre o mesmo tema. Em alguns casos, a linguagem torna complicados assuntos de fácil entendimento.

∎ Divida o texto em pequenas etapas. Avance sem pressa, à medida que for dominando as pequenas partes. Esta é a maneira correta de estudar qualquer assunto, seja ele difícil ou não.

∎ Tenha à mão um bom dicionário para tirar dúvidas quanto a palavras e expressões desconhecidas. A compreensão da linguagem facilita o entendimento das idéias.

∎ Procure captar a idéia central de cada tema. Descubra o que o autor está querendo provar ou mostrar. Todos os assuntos têm um objetivo. Descubra, tão logo quanto possa, as idéias-chave e memorize-as.

∎ Reserve um maior espaço de tempo aos temas complicados e intercale-os com os mais fáceis. Se você estudar duas matérias muito difíceis simultaneamente ou com pequeno intervalo de tempo entre elas, cansará a mente e baixará seu rendimento.

∎ Copie de memória as idéias básicas dos temas estudados. Faça anotações principais como se estivesse explicando a alguém através de uma carta. Use suas próprias palavras para reforçar o que aprendeu.

∎ Não se esqueça de que uma idéia ou conhecimento “antigo” deve associar-se a “novos” conhecimentos. À medida que for estudando, faça encadeamentos e comparações mentais. Desse modo, você conseguirá fixar mais rapidamente aquilo que estudar.

∎ Repita com mais freqüência o estudo dos temas que considerar difíceis. Sua memória terá de ser impregnada com mais repetições para que retenha duradouramente os conhecimentos adquiridos.

∎ Faça muitas perguntas sobre o tema que considerar complicado. De posse de um questionário, você verá que não existe assunto difícil, mas sim assunto mal estudado. As perguntas são pequenos fragmentos da matéria. Memorizando perguntas e respostas, você terá dominado num piscar de olhos qualquer assunto, por mais intrincado que ele lhe pareça à primeira vista.

Técnicas para aprender mais depressa

Lutando contra o tempo

Você escolheu todo o material para estudar? Livros, apostilas, cadernos, canetas, lápis, etc.?

Será que falta alguma coisa? O programa está à vista? Ele representa o mapa com os caminhos que você trilhará durante o seu período de estudo. Mas surgem outras perguntas curiosas:

∎ Como aprender mais depressa esse montão de assuntos?

∎ Por onde devo começar?

∎ Por quanto tempo devo estudar cada matéria? Depois de analisar as diversas formas de estudo utilizadas por candidatos vencedores de concursos e de aperfeiçoar as minhas próprias técnicas, descobri que se pode ajudar qualquer pessoa a aprender mais depressa. Isto é o que irei demonstrar neste capítulo.

A técnica do silêncio

Nada perturba mais um estudante do que o barulho. Carros passando e buzinando lá fora, o telefone que não pára de tocar, o som no volume máximo, a TV ligada, pessoas andando de um lado para o outro; enfim, mil barulhos que distraem, interrompem e limitam a aprendizagem de qualquer mortal.

Não adianta dizer que você é capaz de se concentrar em meio a todo esse barulho. Testes recentes demonstram que estudantes que se isolam completamente de ruídos conseguem aprender três vezes mais depressa do que aqueles que não estudam em silêncio total.

Quer notar como sua mente se concentra muito melhor na leitura de um texto se estiver ausente de ruídos? Faça este experimento:

Coloque os polegares um em cada ouvido, fazendo uma pequena pressão sobre eles, de modo a isolar o ruído existente a sua volta. Sem tirar os polegares dos ouvidos, faça com que os dedos médios das duas mãos se toquem sobre sua testa. Apóie os cotovelos sobre a mesa onde deve estar este livro e continue a leitura.

É sempre bom lembrar que você nunca deve estudar deitado, ou numa posição em que poderá adormecer facilmente. Afinal, você quer dormir ou quer estudar para ser aprovado em concurso?

Esta técnica de isolamento de ruído ajuda, em muito, pessoas que moram em lugares com altos níveis de poluição sonora ou que possuem vizinhos mal-educados, que deixam seus aparelhos de som em volume máximo.

Todas as vezes que você for ler alguma coisa e puder deixar o material sobre uma mesa, use os dedos polegares para diminuir o ruído, mesmo que ele não seja muito grande.

Para abafar os ruídos, você também pode usar fones de ouvido, daqueles que se introduzem no canal auditivo externo. Evite, porém, enfiar no ouvido pedaços de algodão ou objetos pontiagudos que possam eventualmente ficar presos ou ferir partes sensíveis.

A técnica Perguntas x respostas

O princípio desta técnica consiste no fato de que todos os testes e provas realizados em concursos são constituídos de perguntas. Ora, se os elaboradores das provas vão escolher várias perguntas dos mesmos assuntos que você está estudando, se você também fizer várias perguntas e aprender as respostas, é muito provável que algumas delas venham a ser as mesmas do concurso.

O primeiro passo para executar a técnica perguntas x respostas é selecionar o material que contém os assuntos do programa. Suponhamos que o assunto seja O ESTUDO DOS VERBOS da língua portuguesa. Recorte pequenos cartões com o tamanho máximo de 8cmx11cm. Dobrando uma folha de papel ofício três vezes, você obterá pedaços de papel aproximadamente com essas dimensões. São o tamanho ideal.

Escreva na frente do cartão as perguntas e, no verso, as respostas. Com o tema

VERBO, a pergunta pode ser:

O que é verbo?

Resposta: Palavra que exprime ação, estado ou fenômeno. Tendo em mãos a gramática, você só terá o trabalho de formular as perguntas e copiar a resposta de cada uma delas no verso do cartão. O ideal é fazer perguntas que abranjam todos os assuntos.

A técnica de estudos com cartões

Se você puder levar para todos os lugares um mínimo de 50 perguntas, poderá aproveitar os momentos em que fica à espera, ou em que não há nada a fazer, e estudar uma a uma.

Leia a pergunta e tente lembrar da resposta, caso consiga, durante dez vezes consecutivas (marque um tracinho no canto do cartão).

Então é o momento de retirar do grupo de perguntas as questões já aprendidas.

Grave-as também na fita, para ajudar na fixação. Faça um intervalo de dez segundos após cada pergunta para em seguida gravar a resposta. Quando estiver ouvindo as perguntas, tente antecipar as respostas, falando para si mesmo, em um tom de voz baixo.

Todas as vezes que você estudar com os cartões, tenha à mão caneta ou lápis para assinalar as vezes em que acerta as respostas. Quando estiver estudando em grupo, use as perguntas para testar e avaliar seus conhecimentos.

O que se deve e o que não se deve fazer antes, durante e depois das provas

Normalmente costuma-se pensar que o mais importante é o que se faz antes e durante as provas de um concurso, esquecendo-se do “depois”. Todas as fases, porém, são importantes.

Sem dúvida, o que se faz durante é o que conta, mas sem um bom antes nada poderia ter sido feito. Vamos supor que você está a duas semanas da data marcada para a grande prova do concurso. Você já estudou todas as matérias, já revisou as partes que julga mais importantes, e está preparado para enfrentar o dia “D”. Será necessário tomar alguma precaução? Ou basta esperar o dia da prova e mostrar no papel que é um dos melhores candidatos? Bem, acho que isto não é tudo.

É quase tudo. Há ainda algumas coisas que você precisa fazer antes das provas.

O que se deve fazer antes das provas

∎ Na última semana, faça um programa pessoal para revisar os assuntos em que se considera mais fraco. Estude durante um ou dois dias da semana cada matéria do programa. Caso uma semana seja pouco tempo, programe então as duas últimas para essa revisão geral. Tire as dúvidas que ainda restarem com alguém mais experiente.

∎ Avise a seus familiares, amigos, enfim, a todas as pessoas que convivem com você sobre o dia e a hora da sua prova, pois você poderá se distrair e esquecer, como não raro ocorre com muitos candidatos. Alguns só lembram do exame quando sai o resultado.

∎ Na última semana que antecede a data do curso, alimente-se bem, variando os alimentos. Coma bastante proteínas, sais minerais e vitaminas. Leite, ovos, carnes, cereais e frutas fornecerão energias nervosas suficientes para enfrentar o desgaste da prova. Não se descuide da alimentação.

∎ No dia anterior ao da prova, faça uma “sabatina” consigo mesmo. Caso tenha elaborado perguntas que enfoquem todos os assuntos, tente acertar todas. Peça a outra pessoa que as faça a você. Com esse instrumento, você reavivará na memória assuntos que há muito não estudava.

∎ Durma bastante e bem no dia que antecede a prova. Suas energias devem estar no pico positivo.

∎ Antes de dormir, leia alguma coisa que julgue importante. Todas as coisas que pensamos antes de dormir lembramos logo que despertamos.

∎ Faça o exercício 2 do capítulo “A superaprendizagem pela sugestão mental”, deste livro. Sua mente ficará relaxada o suficiente para raciocinar com eficácia no momento em que estiver fazendo a prova.

∎ Previna-se com lápis, caneta, borracha e outros instrumentos que se fizerem necessários. Calculadoras de bolso ou régua com tabuada nem sempre são aceitos em concursos. Você deve informar-se antecipadamente se são aceitos ou não. De qualquer modo, é bom estar prevenido com material de reserva, para o caso de um deles falhar. Faça uma checagem antes de entrar na sala de provas.

∎ Faça uma checagem no automóvel no dia, anterior ao do concurso, principalmente se irá utilizá-lo. Há casos de candidatos que perderam o horário das provas por ficarem retidos no trajeto, com o automóvel sem gasolina, com pneu furado e sem sobressalentes, etc. Evite os contratempos, prevenindo-se e checando possíveis falhas.

∎ Antes do dia do concurso, vá ao local onde as provas serão realizadas. Alguns candidatos, por não obterem informação correta do local onde farão a prova, acabam chegando atrasados ou perdendo o concurso por se dirigirem a local errado.

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